Análise cladística e taxonômica de Epyrini (Hymenoptera, Bethylidae)

Nome: ISABEL DE CONTE CARVALHO DE ALENCAR
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 18/02/2010
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Celso Oliveira Azevedo Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Celso Oliveira Azevedo Orientador
Cristiano Lopes Andrade Examinador Externo
ELAINE DELLA GIUSTINA SOARES Examinador Interno

Resumo: Epyrini são a tribo maior e morfologicamente mais diversa de Bethylidae, compreendendo 21 gêneros e 741 espécies de vespas parasitóides. A concepção de Epyrini no sensu de Evans endereça à tribo os betilídeos com lobo mediano do clípeo projetado, antena com 13 antenômeros, olho situado lateralmente na cabeça, mesoscuto geralmente com notáulice bem marcada, e com disco propodeal margeado por carena e ângulo postero-lateral foveolado. No entanto, estas características são insuficientes para identificar os táxons pertencentes aos Epyrini. Até o momento, nenhum estudo cladístico recuperou Epyrini como clado, sugerindo que o grupo seja artificial. O conceito da tribo tem sido considerado confuso e induz erros de classificação de diversos táxons. Mesmo assim, a definição do grupo tem sido perpetuada nos trabalhos mais atuais de Bethylidae. Esta é a primeira proposta que objetiva testar a monofilia de Epyrini e redefinir o grupo baseado em sinapomorfias. As relações filogenéticas da tribo foram inferidas a partir de análises cladísticas baseadas em 391 caracteres morfoestruturais informativos para 42 táxons terminais, sendo 31 espécies de 12 gêneros tratadas como grupo interno e 11 como grupo externo. O conjunto de dados foi analisado sob máxima parcimônia e pesagem implicada. As árvores resultantes indicaram que a subfamília Epyrinae composta por Epyrini e Sclerodermini é polifilética. Epyrini foram recuperados como monofiléticos em todas as análises e os gêneros Anisepyris, Laelius, Holepyris, Formosiepyris, Disepyris, Bakeriella e Trachepyris formaram clados consistentes com a classificação taxonômica atual. Os gêneros Epyris e Chlorepyris foram evidenciados polifiléticos e precisam de um estudo mais detalhado incluindo amostragem maior e mais táxons que ilustrem melhor a sobreposição de características. Possivelmente a dificuldade em recuperar Epyrini como clado estava na análise limitada de caracteres usualmente empregados para a classificação dos táxons em Bethylidae e na interpretação equivocada de homologia primária destes. O acréscimo do estudo de caracteres inéditos para a família foi essencial na delimitação do grupo, indicando que a região ventral do mesossomo e do pecíolo bem como a genitália masculina podem contribuir para refinar o conhecimento dos gêneros e espécies não só de Epyrini como também para os demais Bethylidae. A tribo Epyrini é redefinida baseada em sinapomorfias. Epyrini e Sclerodermini são elevadas a categoria de subfamília.

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