O crânio de Eira barbara (Carnivora: Mustelidae) do Brasil: variações ontogenéticas, sexuais e geográficas

Nome: Mateus Cruz Loss
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 08/06/2020
Orientador:

Nomeordem crescente Papel
Roberta Paresque Orientador

Banca:

Nomeordem crescente Papel
Roberta Paresque Orientador
Leonora Pires Costa Examinador Interno
Fabio Oliveira do Nascimento Examinador Externo
Ana Paula Aprígio Assis Suplente Externo

Resumo: A morfologia craniana dos carnívoros apresenta uma alta variação entre os seus
representantes como resposta a diferentes fatores, tais como gradientes geográficos, diferenças genéticas expressas pelo fenótipo ao longo do desenvolvimento, divergências de nicho, entre outras. Na ordem Carnivora, Mustelidae é a família que apresenta a maior disparidade morfológica, ocupando diferentes habitats, apresentando diversos hábitos alimentares e possuindo o maior número de espécies viventes. Corroborando com estes fatores se destaca Eira barbara, espécie de mustelídeo de médio porte distribuído por toda a Região Neotropical, com hábitos florestais e dieta generalista-onívora.
Considerando as fontes de variação conhecidas para o crânio dos carnívoros e a
diversidade encontrada nos mustelídeos, E. barbara se caracteriza como uma espécie que tem a morfologia craniana pouco investigada, quando considerados os itens anteriores e o conhecimento existente na literatura. Mediante estes fatos, esta pesquisa teve como objetivo investigar a morfologia craniana com foco em três fontes de variações: ontogenia, dimorfismo sexual e geografia. Para entender o comportamento da morfologia do crânio frente a essas fontes de variação, crânios de espécimes de E. barbara depositados em coleções científicas brasileiras foram fotografados nas vistas dorsal, lateral e ventral e, submetidos a análises de morfometria geométrica. Como resultado, foi identificado que
as mudanças de forma ao longo do desenvolvimento seguem o padrão já conhecido para outros carnívoros, o dimorfismo sexual foi identificado sendo os machos maiores em tamanho e com estruturas mais conspícuas em relação as fêmeas e, diferenças geográficas, foram identificadas entre os espécimes dos extremos da distribuição; os espécimes intermediários na distribuição também foram intermediários na forma e no tamanho. Os resultados se apresentam como importantes achados para o conhecimento da espécie e do grupo, visto a metodologia empregada, as fontes de variações investigadas e as inferências que a partir deste, poderão ser melhor investigadas e deduzidas.

Palavras-chave: carnívoros, eira, morfologia craniana, disparidade morfológica.

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