Identidade Taxonômica e Variação Geográfica dos Ouriços-cacheiros do Leste do Brasil (mammalia: Erethizontidae: Sphiggurus)

Nome: Vilacio Caldara Junior
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 20/02/2008
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Yuri Luiz Reis Leite Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
João Alves Oliveira Examinador Externo
Sérgio Lucena Mendes Examinador Interno
Yuri Luiz Reis Leite Orientador

Resumo: Os roedores da família Erethizontidae compreendem animais conhecidos como ouriços-cacheiros ou porcos-espinho do novo mundo. Existem controvérsias a respeito da taxonomia dos gêneros que compõem essa família, principalmente Coendou e Sphiggurus bem como de suas espécies. Apesar dos trabalhos recentes sobre ouriços-cacheiros, ainda há pouco entendimento sobre a taxonomia desse grupo e de seu relacionamento filogenético. Dentre as controvérsias existentes entre os eretizontídeos, destaca-se à situação taxonômica das espécies Sphiggurus do leste do Brasil. Esse trabalhou visou avaliar a variação geográfica nos exemplares das espécies do gênero Sphiggurus do leste do Brasil a fim de esclarecer a situação taxonômica dessas espécies, registrando variações morfoestruturais e morfométricas que sejam capazes de distingui-las. Examinei um total de 182 indivíduos pertencentes ao gênero Sphiggurus disponíveis em coleções científicas brasileiras. Analisei a variação de 11 caracteres da pelagem, 22 estruturas cranianas e obtive 21 medidas do crânio. Classifiquei os exemplares em três grupos baseando-me nos dados da pelagem: grupo Norte, grupo Centro e grupo Sul.. Utilizei os dados da morfoestrutura craniana na tentativa de designar caracteres cranianos discretos diagnósticos desses grupos. A partir dos dados de morfometria craniana, usei análise discriminante, teste-t, análise de componentes principais e teste de Mantel para testar a significância desses grupos. Nenhum dos caracteres cranianos discretos analisados pode ser considerado como diagnóstico para nenhum dos grupos. A análise discriminante foi capaz de separar os grupos e o teste t revelou diferenças significativas entre eles para as médias de várias medidas cranianas e externas, além do comprimento dos pêlos e espinhos. Como tendência para a maioria das medidas, exemplares do grupo Norte são menores do que os do grupo Centro, que são menores do que os do grupo Sul. A análise de componentes principais não apresentou agrupamentos evidentes entre os exemplares. O teste de Mantel revelou que existe correlação significativa entre a distância geográfica e a distância fenotípica craniana quando os indivíduos de todos os grupos são analiados em conjunto. Essa correlação não é significativa quando os indivíduos de cada grupo são analisados separadamente. Esses resultados indicam que os grupos constituem entidades diferenciadas, as quais devem representar três espécies distintas. O nome específico mais adequado para os indivíduos do grupo Norte é S. insidiosus. Para os exemplares de grupo Centro, os dados indicam que o nome mais adequado seja S. vilosus, enquanto para os indivíduos do grupo Sul, S. spinosus deve ser o nome apropriado.

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