Uso de Habitat e Recursos Alimentares Por Stellifer Brasiliensis (schultz, 1945) (perciformes, Sciaenidae) na Área de Proteção Ambiental de Conceição da Barra-es

Nome: Lorena Lopes Almeida
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 20/02/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Maurício Hostim Silva Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Agnaldo Silva Martins Suplente Interno
Ciro Colodetti Vilar de Araujo Suplente Externo
Igor Emiliano Gomes Pinheiro Examinador Externo
Jean-Christophe Joyeux Examinador Interno
Maurício Hostim Silva Orientador

Resumo: Este estudo visou descrever os hábitos alimentares e a utilização do habitat por Stellifer brasiliensis na Área de Proteção Ambiental (APA) de Conceição da Barra, Espírito Santo. Para tal, foi realizada a análise de conteúdo estomacal associada à análise de isótopos estáveis de carbono (δ13C) e nitrogênio (δ15N). Para se avaliar a utilização do habitat, foi avaliada a distribuição espaço-temporal da abundância, biomassa e comprimento total (CT, mm) da espécie. A ictiofauna foi amostrada mensalmente com redes de arrasto de fundo em quatro pontos distribuídos em um gradiente de salinidade.
Para análise de abundância, biomassa e CT de juvenis e adultos, estas ocorreram entre maio/2014 e abril/2017; para a análise de conteúdo estomacal, entre julho/2015 e julho/2016; e para a análise de isótopos estáveis, peixes e presas foram coletados entre março/2016 e março/2017. As coletas de produtores primários ocorreram nos meses de abril, junho, agosto, setembro e dezembro/2016 e em junho/2017. A espécie apresentou
maior abundância (F= 4,586, p<0,005) e biomassa (F= 7,139, p<0,005) no P4. Os maiores comprimentos foram registrados no inverno e outono no P1 e na primavera e verão no P4. Os itens alimentares de maior importância para a espécie foram Polychaeta, Thalassinidae e Penaeidae, para juvenis foram Penaeidae, Euphausiacea e Copepoda e para adultos foram Polychaeta, Thalassinidae e Copepoda. Os valores de &#948;13C de S. brasiliensis foram similares entre as estações, os pontos e as fases ontogenéticas e variaram de -17,45‰ ± 1,35 a -25,81‰ ± 0,67 nos juvenis e -18,28‰ ±
3,09 a -23,29‰ ± 1,37 nos adultos, enquanto as médias de &#948;15N variaram entre 12,73‰ ± 0,95 a 16,24‰ ± 0,32 nos juvenis e 13,83‰ ± 1,39 a 16,29‰ ± 0,68 nos adultos. As médias de &#948;15N indicaram que ambas as fases ocupam o mesmo nível trófico. As médias de &#948;13C nos juvenis e adultos no P1 foram similares aos valores de &#948;13C nos crustáceos Xyphopenaeus kroyeri e Alpheidae, indicando que estes são itens consumidos por ambas as fases ontogenéticas. Houve correlação negativa entre os valores de &#948;13C com
o CT dos peixes, indicando que quando o peixe cresce, o valor de &#948;13C diminui, enquanto a correlação de &#948;15N foi positiva, indicando que quando o peixe cresce, o valor de &#948;15N aumenta.

Palavras chave: Distribuição espacial, ecologia trófica, dieta, isótopos estáveis, bycatch

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