Anuros de ilhas continentais: vicariância ou dispersão?
Nome: Iago Silva Ornéllas
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 20/02/2018
Orientador:
Nome | Papel |
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Leonora Pires Costa | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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Carlos Frederico Duarte da Rocha | Examinador Externo |
Cecília Waichert Monteiro | Suplente Interno |
Leonora Pires Costa | Orientador |
Rodrigo Barbosa Ferreira | Suplente Externo |
Sarah Maria Vargas | Examinador Interno |
Resumo: RESUMO
A utilização de ilhas para estudos de eventos evolutivos trouxe importantes respostas para o
entendimento de processos de isolamento de populações e colonização por poucos indivíduos
fundadores. Porém, a maioria desses resultados foram observados em ilha oceânicas, que devido sua
formação possui características extremas para estes fatores (isolamento e efeito fundador). Em ilhas
continentais, a teoria de biogeografia de ilhas é menos aplicada, devido principalmente à sua
proximidade com o continente e ao seu processo de formação. Seu tipo de formação e proximidade
com o continente geram a manutenção e surgimento de espécies nas ilhas que seriam incapazes de se
dispersar efetivamente pelo ambiente marinho. Anfíbios são intolerantes à ambientes salinos e altas
temperaturas, sendo sua incapacidade de dispersão por ambientes marinhos bem aceita. Dessa forma,
a presença de anuros em ilhas oceânicas é um evento extremante raro, porém, comum em ilhas
continentais. A existência de sapos em ilhas continentais é atribuída a um evento vicariante durante a
elevação do nível do oceano que ocasionou a formação da ilha. Examinamos as espécies Thoropa
miliaris e Adenomera marmorata que estão presentes tanto em ilhas continentais quanto na porção
costeira continental. Utilizamos a polução insular residente de Ilha Grande na costa sul do Rio de
Janeiro e diversas amostras do continente para entender os processos de isolamento e colonização da
mesma. Através de análises moleculares com os marcadores mitocondriais 16s e Nd2 elucidamos
informações sobre os efeitos da insularização na população, a possibilidade de eventos migratórios e
se a colonização da ilha foi devido a um evento vicariante ou dispersivo. A perda da diversidade
genética foi visualizada nas duas espécies, sendo condizente com animais isolados em ilhas, como já
reportados em outros estudos. T. miliaris se comportou como o esperado para um anuro incapaz de se
dispersar por ambiente marinho, apresentado alta divergência com a população costeira e migração
tendendo à zero, com separação das populações datando a última grande elevação do nível do mar.
Porém, A. marmorata apresentou resultados que indicam alta taxa migratória e uma colonização
recente da ilha, compatível com eventos de colonização por dispersão.
Palavras-chave: Anfíbios, insular, populações, migração e vicariância