Diversidade taxonômica e funcional da macrofauna bentônica associada a
bancos de rodolitos na plataforma continental Leste do Brasil
Nome: Patricia Sarcinelli Stelzer
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 15/04/2021
Orientador:
Nome |
Papel |
|---|---|
| Angelo Fraga Bernardino | Orientador |
Banca:
| Nome |
Papel |
|---|---|
| Ana Carolina de Azevedo Mazzuco | Suplente Externo |
| Angelo Fraga Bernardino | Orientador |
| Ciro Colodetti Vilar de Araujo | Suplente Externo |
| Jean-Christophe Joyeux | Examinador Interno |
| Sergio Antonio Netto | Examinador Externo |
Resumo: Rodolitos são algas calcárias marinhas de vida livre e
morfologicamente diversificadas, comumente distribuídas no
assoalho da plataforma continental. Eles aumentam a complexidade
estrutural do fundo do mar e são potencialmente importantes como
fonte de alimentação ou reprodução para diversos organismos
da fauna marinha. A maior complexidade estrutural do fundo do mar
em bancos de rodolitos (RBs) pode aumentar a diversidade
bentônica geral por meio da criação de microhabitats, mas esta
relação tem sido raramente explorada dentro de RBs ao redor do
mundo. Neste trabalho, comparamos a estrutura da assembléia da
macrofauna bentônica em RBs e nos sedimentos não consolidados
subjacentes (infauna), entre bancos de alta e baixa densidade de
nódulos. A abundância total da macrofauna dentro dos rodolitos
foi 16 vezes maior quando comparada com a abundância de
organismos infaunais nos sedimentos abaixo dos RBs. Essas
diferenças foram impulsionadas pela complexidade do habitat que
influenciou diretamente a maior diversidade da macrofauna nos
rodolitos quando comparados aos sedimentos não consolidados. A
porcentagem de carbonato influenciou a estrutura da macrofauna
nos sedimentos, enquanto as proteínas e carboidratos na matéria
orgânica foram fatores-chave em estações de alta densidade,
sugerindo que a densidade do rodolito influencia a qualidade
orgânica do sedimento. Em contraste, a diversidade, abundância
e diversidade funcional da macrofauna foram maiores no sedimento
em estações de baixa densidade de rodolitos. A densidade de RBs
e a morfologia dos nódulos de rodolito explicaram a diversidade
macrofaunal taxonômica e funcional nos rodolitos. RBs de baixa
densidade (55 ± 26,0 m-2) com nódulos de forma discóide
tiveram maior abundância macrofaunal dominada por crustáceos,
em contraste com nódulos esferoidais com maior volume interno em
bancos de alta densidade (211 ± 7,3 m-2) que foram dominados por
Annelida e com maior diversidade taxonômica e funcional. Nosso
estudo indica que as comunidades bentônicas mudam marcadamente
em resposta à densidade dos RBs e morfologia dos nódulos, e
fornecem habitat crítico para várias espécies bentônicas, que
são únicas e que não são encontradas em sedimentos não
consolidados abaixo desses bancos nas profundidades da plataforma
continental. Palavras-chave: Rodolitos, estrutura bêntica, grupos funcionais,
APA, Brasil.
