Variação morfométrica craniana de bugios, Alouatta guariba (Primates: Atelidae), mortos durante surto de febre amarela silvestre

Nome: Patricia Palmeira Bellon
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 04/06/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Sérgio Lucena Mendes Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Bárbara Maria de Andrade Costa Suplente Externo
Elisandra de Almeida Chiquito Coorientador
Karen Barbara Strier Examinador Interno
Sérgio Lucena Mendes Orientador
William Corrêa Tavares Examinador Externo
Yuri Luiz Reis Leite Suplente Interno

Resumo: A morfologia craniana de Alouatta é única entre os primatas Platyrrhini, devido à
rotação dorsoventral da face em relação ao neuro-crânio, condição nomeada “airorhynchy”. Os
bugios apresentam dimorfismo sexual positivo, onde machos tem o tamanho corporal maior do
que as fêmeas. Porém, pouco se sabe sobre o dimorfismo sexual relacionado às dimensões
cranianas e variação etária. Entre o final de 2016 e meados de 2017 um dos mais severos surtos
de febre amarela afetou o Brasil. Este surto afetou principalmente os estados de Minas Gerais
e Espírito Santo, causando uma das maiores mortandades de primatas não-humanos de que a
ciência tem registro, sendo os bugios os mais afetados. Este estudo analisou 155 exemplares de
Alouatta guariba, que foram preparados e depositados no Instituto Nacional da Mata Atlântica
(INMA). O objetivo deste trabalho foi realizar uma análise de variação morfométrica craniana
para a espécie, buscando aprofundar os estudos sobre variação ontogenética e dimorfismo
sexual em A. guariba, além de caracterizar o perfil demográfico dos bugios em sexo e classes
etárias e mapear as amostras coletadas. A análise de dados indica que os machos adultos foram
o grupo mais coletado durante o surto de febre amarela. As amostras são provenientes de 116
localidades, distribuídas principalmente na porção sul do Espírito Santo, na região serrana. O
dimorfismo sexual nos bugios está presente em grande parte das variáveis cranianas antes
mesmo de chegarem à classe etária adulta. As regiões morfofuncionais que apresentaram
dimorfismo sexual a partir da classe etária sub-adulto foram: hioide, mandíbula, oral, nasal e
zigomática. Em contrapartida, as regiões morfofuncionais que não apresentaram dimorfismo
sexual foram: abóboda craniana, base do crânio e orbital. Foi possível identificar o dimorfismo
sexual nas variáveis cranianas independente da presença do osso hioide.
Palavras-chave: Morfometria. Dimorfismo Sexual. Primatas. Febre Amarela.

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