O papel das mudanças climáticas no passado, presente e futuro de roedores montanos (Juliomysspp.)

Nome: Gabriela Colombo de Mendonça
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 31/05/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Ana Carolina Loss Rodrigues Co-orientador
Yuri Luiz Reis Leite Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Ana Carolina Loss Rodrigues Coorientador
Joyce Rodrigues do Prado Suplente Externo
Marinez Ferreira de Siqueira Examinador Externo
Rita Gomes Rocha Examinador Interno
Roberta Paresque Suplente Interno
Yuri Luiz Reis Leite Orientador

Resumo: RESUMOMudanças nas condições climáticas da Terra podem afetar as distribuições geográficas de espécies, causando variações nos padrões de diversidade e ocorrência atravésdo espaço e do tempo. Assim como em resposta às oscilações climáticas pretéritas, as espécies tenderão a responder também às mudanças climáticas previstas para o futuro. Devido à sua alta especialização, baixa capacidade de adaptação e baixa mobilidade, espécies de montanha poderão ser mais afetadas pelas mudanças climáticas em detrimento de espécies que ocorrem em altitudes média e baixas. Para melhor entender esses efeitos, caracterizamos os nichos climáticos de Juliomys ossitenuise Juliomys pictipes(Rodentia: Cricetidae), dois roedores arborícolas endêmicos da Mata Atlântica,que se diferenciam quanto ao alcance altitudinal, mas ocorrem em simpatria em algumas localidades. Atualmente, Juliomys ossitenuisestá restrita às regiões acima de 800 m, enquanto Juliomys pictipesse distribui ao longo do gradiente altitudinal desde o nível do mar até 2.000 m de altitude, levando à coexistência dessas espécies em altitudes médias. Através da modelagem climática, investigamos os potenciais efeitos das oscilações climáticas na adequabilidade ambiental de ambas as espécies desde o Último Glacial Máximo,há 21.000 anos atrás,até o ano de 2070 em diferentes cenários de aquecimento global. Nossa pesquisa mostrou que J. pictipese J. ossitenuis compartilham um nicho climático, mas possuem diferentes densidades de ocupação e amplitude climática, sugerindoque, além da segregação espacial de nicho, eles podem responder de maneiras diferentes às mudanças climáticas. Juliomys pictipesperdeu menos área adequadacom o aumento da temperatura e redução da precipitação do que J.ossitenuis, que apresentou eventos mais significativos de redução de área adequada e movimentação altitudinal. Concluímos queJ. ossitenuise J. pictipes possuem nichos climáticos semelhantes, mas estão segregados espacialmente em diferentes níveis, o que provavelmente está associadoàs suas características ecológicas. Também concluímos que J. ossitenuis,que é a espécie de ocorrência restrita às altitudes mais altas,é mais suscetível às mudanças previstas no clima. Palavras-chave: Juliomys;altitude;simpatria; adequabilidadeclimática; Mata Atlântica.

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