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O SOL E O SAL COMO MODULADORES DA DIVERSIDADE DE FORMIGAS NA RESTINGA AO LONGO DO ANO

Nome: DOUGLAS MARCELINO DA SILVA ROCHA

Data de publicação: 20/10/2023

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANTÔNIO CÉSAR MEDEIROS DE QUEIROZ Examinador Externo
JOSÉ HENRIQUE SCHOEREDER Examinador Externo
TATHIANA GUERRA SOBRINHO Presidente

Resumo: Em ambientes tropicais, a sazonalidade é dos fatores que afetam a distribuição e diversidade de insetos, como reflexo de mudanças nas condições e disponibilidade de recursos ao longo do ano. As formigas, abundantes nesses ecossistemas, frequentemente respondem a variações sazonais nas condições ambientais e de diferentes recursos. A Restinga é um ambiente costeiro, que recebe alta incidência de sol e ‘spray’ salino, exibe solo quimicamente carente e arenoso e apresenta períodos diferentes, com verões mais chuvosos e invernos mais secos. A Restinga é, portanto, dinâmica e apresenta lacunas investigativas sobre seus aspectos ecológicos, principalmente se relacionado aos processos e padrões que modulam as comunidades de formigas ao longo do ano. Neste estudo tivemos como objetivo testar o pressuposto de que a abundância, a riqueza e a composição de espécies de formigas diferem entre as estações do ano na restinga, sendo a abundância e a riqueza de espécies maiores nos períodos mais quentes. Nós hipotetizamos que (1) a abundância e a riqueza de espécies de formigas são maiores em estações com maior quantidade de recursos disponíveis e que (2) diferenças na composição ocorrem devido a uma maior contribuição de espécies de formigas classificadas como termofílicas nas estações mais quentes. Realizamos o estudo na restinga do Parque Estadual de Itaúnas, ES. Fizemos amostragens em cinco transectos, nos quais estabelecemos 10 pontos amostrais em cada, onde coletamos as formigas e amostramos dados de temperatura, umidade e diferentes tipos de recursos (cobertura seca, cobertura total, riqueza de plantas, porcentagem de matéria orgânica e teor de sódio). Realizamos quatro campanhas amostrais, uma em cada estação do ano (maio, agosto e novembro de 2022 e fevereiro de 2023). Nossos resultados corroboraram em parte nosso pressuposto, pois apenas a riqueza e a composição de espécies de formigas se modificaram ao longo do ano, não havendo variação em relação à abundância. A primeira hipótese não foi corroborada para nenhum dos recursos estimados, e, além disso, verificamos uma relação negativa entre a riqueza de espécies de formigas e o teor de sódio no solo. O teste de IndVAL resultou em nove espécies que contribuíram para a partição das comunidades entre as estações, sendo três delas referentes ao verão: Brachymyrmex sp.4, Forelius sp.1 e Pheidole sp.4. Nossos resultados nos
permitem concluir que a diversidade de formigas na restinga possui uma variação sazonal, sendo moldada pelas condições ambientais. Confirmamos que a temperatura é um modulador para as assembleias de formigas, assim como o sódio pode ser um agente tóxico, quando presente em grandes quantidades no ambiente. Além disso, nossos achados apontam que a presença de espécies de formigas termofílicas podem ser um dos responsáveis pelo aumento da riqueza nas estações mais quentes.

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