UM ESTRANHO NO NINHO: PRESENÇA DE CONTAMINANTES ANTRÓPICOS EM HARPIAS DA MATA ATLÂNTICA
Nome: LUIS FRANCISCO OLIVEIRA PEREIRA GONZAGA
Data de publicação: 04/12/2023
Banca:
Nome | Papel |
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ANDREA SIQUEIRA CARVALHO | Examinador Externo |
AUREO BANHOS DOS SANTOS | Presidente |
FRANCISCA HELENA AGUIAR DA SILVA | Examinador Externo |
Resumo: Desde o século XVIII, com a intensificação das atividades industriais, a introdução de poluentes de difícil degradação no ambiente aumentou significativamente, incluindo nestes os metais pesados, que se acumulam e amplificam seus efeitos ao longo das cadeias alimentares. Esses elementos podem causar impactos severos em organismos, como desequilíbrios hormonais, alterações fisiológicas e psicológicas, declínios populacionais e até a morte, comprometendo a biodiversidade. As aves se
mostram particularmente vulneráveis devido a seu metabolismo elevado e baixa reserva lipídica, e com isso se tornam importantes indicadores ambientais. Métodos não invasivos, como a análise de penas, ganham cada vez mais espaço, permitindo monitorar entre outros aspectos os níveis de contaminação sem impactar ainda mais espécies já ameaçadas.
A harpia (Harpia harpyja), a maior águia das Américas, exerce uma função essencial na regulação de ecossistemas e se mostra importante em estudos de poluentes e bioacumulação, devido à sua posição no topo da cadeia alimentar. Este estudo visa investigar a ocorrência e os níveis de metais pesados em harpias e suas presas em fragmentos da Mata Atlântica no norte do Espírito Santo e sul da Bahia, regiões importantes para a conservação da espécie.