Identificação molecular e estrutura populacional de Stellifer rastrifer (Sciaenidae) no litoral norte do Espírito Santo e sul da Bahia

Nome: KARLA EMANUELLY MARCHESE BARROS

Data de publicação: 29/08/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANA PAULA CAZERTA FARRO DA ROSA Presidente
MAURICIO HOSTIM SILVA Examinador Interno
SIMONI SANTOS DA SILVA Examinador Externo

Resumo: A espécie de peixe Stellifer rastrifer, popularmente conhecida como cangoá, habita ambientes costeiros, desde mangue, lagoas salobras a estuários e baías abertas. Possuem cerca de 20 cm e tem uma distribuição geográfica desde a América Central até a América do Sul e no continente africano. Os cangoás estão entre os representantes mais capturados como fauna acompanhante na pesca de arrasto do camarão-sete-barbas, ou seja, a sobreexploração se apresenta como uma ameaça para esta espécie. Diante das pressões ambientais sobre as espécies, a Genética da Conservação visa por meio de dados genéticos contribuir com a verificação do status de conservação das espécies. Dentro desta linha de pesquisa, podemos utilizar marcadores mitocondriais, como o D-loop, afim de entender, por exemplo, aspectos populacionais, ou como o COI, em estudos de identificação molecular das espécies (técnica de DNA Barcoding). Assim, para se realizar uma análise genética da espécie S. rastrifer para a foz dos rios Caravelas, São Mateus, Ipiranga, Piraquê-açu e do rio Doce, região afetada pelo rompimento da Barragem de Fundão, bem como incrementar estudos genéticos realizados anteriormente com a espécie. Foram coletados 210 indivíduos de cangoás e o DNA de todas as amostras foi extraído, posteriormente, as regiões do DNA mitocondrial (mtDNA), COI e D-loop foram amplificadas. Os fragmentos foram sequenciados, editados e alinhados. Após, dos 210 individuos coletados identificados taxonomicamente como S. rastrifer, apenas 121 apresentaram sequências boas para a identificação molecular, em que 92 sequências apresentaram maior homologia com a espécie S. rastrifer, 17 com Stellifer brasiliensis e 12 com Stellifer sp. B. Em relação a genética populacional de S. rastrifer, o resultado de Fst (0,0182 e valor de p=0,602) , demonstrou que todos os indivíduos pertencem a uma única população quepor meio das análises demográficas, não estariam em expansão populacional. Esta população apresentou uma diversidade nucleotídica e haplotípica de 0,012417 e 0,88521, respectivamente. Portanto a identificação molecular por meio do barcoding neste estudo, reforça a importância e empregabilidade desta técnica, bem como o uso desse marcador na identificação dos espécimes nas análises populacionais. Por conseguinte, observou-se a existência de uma única população com uma boa diversidade genética e que se encontra em equilíbrio demográfico.

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