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Influência do sedimento lamoso e contaminantes químicos na montagem de comunidades da macrofauna bentônica da antepraia ao norte da Foz do Rio Doce, ES

Nome: ISABELA JABOUR E SILVA

Data de publicação: 29/08/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANA PAULA CAZERTA FARRO DA ROSA Presidente
LEILA DE LOURDES LONGO Examinador Externo
PAULO ROBERTO PAGLIOSA ALVES Examinador Externo

Resumo: A bacia do Rio Doce apresenta um longo histórico de contaminações, devido às
atividades de mineração e despejos de esgotos domésticos na região, com agravante
severo devido ao rompimento da barragem de Fundão em 2015, cujos rejeitos
atingiram as praias próximas. Poluentes orgânicos e químicos, juntamente com a lama
trazida pelo rio, tendem a se acumular no fundo, onde a fauna bentônica atua como
um bom indicador de estresse ambiental. Isso ocorre devido à sua associação com os
substratos e observa-se, portanto, que a composição sedimentar, influencia
significativamente a estrutura da comunidade macrobentônica. Desse modo,
objetivamos com este estudo investigar se o sedimento lamoso, associado aos
contaminantes químicos, influencia a comunidade macrobentônica da antepraia
próxima da foz do Rio Doce. Para isso, obtivemos as amostras junto ao Programa de
Monitoramento da Biodiversidade Aquática (PMBA), na planície deltaica do Rio Doce,
ao norte da foz. As coletas ocorreram nas isóbatas de 5 e 10 metros, com amostrador
de fundo Van Veen. A fauna bentônica foi coletada em triplicata e encaminhada para
triagem e identificação. Ocorreu também coleta de sedimento para analises
granulométricas e determinação de concentração dos elementos químicos. Para
verificar se a densidade, riqueza e diversidade beta respondem ao teor de lama e ao
índice Quocientes de Diretrizes de Qualidade de Sedimentos (SQG-q), construímos
modelos lineares ou modelos lineares generalizados e testamos estatisticamente
nossas hipóteses. Realizamos também uma PERMANOVA para verificar se a
composição dos táxons varia entre sedimentos arenosos e lamosos, e as análises de
valor de indicação (Indval) e Threshold Indicator Taxa Analysis (TITAN) para testar a
existência de possíveis bioindicadores. Amostramos 1.122 indivíduos, distribuídos em
99 táxons. A riqueza de táxons e a diversidade beta diminuíram com o aumento do
teor de lama e índice SQG-q, respectivamente. Entretanto, a densidade não
respondeu a nenhum gradiente. A composição dos táxons variou entre os dois tipos
de sedimentos e 11 grupos taxonômicos foram indicados como potenciais
bioindicadores, corroborado pela análise TITAN, que revelou também os pontos de
mudança na estrutura da comunidade e nos bioindicadores. Dessa forma, nossos
resultados mostram que o aporte do sedimento lamoso, aliado a contaminantes
químicos está causando uma modificação na estrutura da fauna bentônica, apontando
possíveis bioindicadores para essa condição.

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