Diversidade citogenética e citotaxonomia de Phyllomys (Rodentia, Echimyidae)
Nome: MARIANNA XAVIER MACHADO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 26/02/2010
Orientador:
Nome | Papel |
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Valéria Fagundes | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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Kátia Cristina Machado Pellegrino | Examinador Externo |
Maria do Carmo Pimentel Batitucci | Examinador Interno |
Valéria Fagundes | Orientador |
Yuri Luiz Reis Leite | Examinador Interno |
Resumo: Este trabalho apresenta a análise citogenética de 19 exemplares de Phyllomys provenientes de 16 localidades dos estados da Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo através das análises de coloração comum, bandeamento C, G e coloração das Regiões Organizadoras de Nucléolos. Sete formas cariotípicas foram identificadas, quatro inéditas, aqui denominadas cariótipo A (2n=50/NF=88, com 20 pares com dois braços (m), quatro pares acrocêntricos (a), X metacêntrico grande (M) e Y acrocêntrico pequeno (a), gerando a fórmula cariotípica 20m+4a+XM+Ya); cariótipo B (2n=72/NF=108, com 19m+16a+XM+Ya); cariótipo C (2n=76/NF=148, com 33m+4a+XA+Ym), padrão de heterocromatina constitutiva (HC) conspícua, localizada na região pericentromérica em seis pares metacêntricos/submetacêntricos, no cromossomo X e intersticial proximal no par 33; cariótipo D (2n=80/NF=108, com 15m+24a+XA+Ya) e organização da HC em grandes blocos pericentroméricos em quatro pares metacêntrico/submetacêntricos e em quase todos os acrocêntricos além do cromossomo X, sendo o Y heterocromático; cariótipo E (2n=90/NF=108, com 10m+34a+XA+Ya), cariótipo F (2n=91/NF=108, com 9m+(1m)+35a+XA+Ya) e cariótipo G (2n=92/NF=102, com 6m+39a+XA+Ym). O padrão de heterocromatina constitutiva foi similar entre os cariótipos E e F com distribuição de pequenos blocos centroméricos por todos os pares e ainda marcação pericentromérica e intersticial no braço longo cromossomo X. O padrão de marcação das Ag-RONs foi similar quanto ao número (somente um par marcado) em todos os cariótipos, mas distintos quanto à posição. De maneira geral, o bandeamento G ocorreu apenas para os pares maiores. Também foram revisados todos os cariótipos das espécies do gênero disponíveis na literatura e os mesmos analisados comparativamente com os nossos dados, a fim de verificar a similaridade e diferenciação das formas entre os indivíduos. A compilação dos cariótipos descritos na literatura e dos obtidos no presente estudo permitiu identificar 11 estruturas cariotípicas, quatro inéditas (Cariótipos A, B, C e E), para seis das 13 espécies reconhecidas em Phyllomys, além de resultados inéditos de bandeamento G, C e marcação por Ag- RONs em P. nigrispinus, P. pattoni e P. sulinus. Apesar de serem reconhecidos 11 citótipos, observamos que em P. pattoni, P. nigrispinus e P. blainvilii foram associados mais de um cariótipo para cada espécie, enquanto que para P. dasythrix, P. medius e P. sulinus foram associados apenas um cariótipo por espécie. Baseado nas diferenças quanto à morfologia, número de cromossomos e os padrões de bandeamento entre os citótipos, propomos que os cariótipos assinalados para P. blainvilli devem pertencer a duas unidades taxonômicas distintas, uma com 2n=50/NF=88 e outro com 2n=50/NF=94; os cariótipos de P. pattoni, devem pertencer a três táxons distintos: um com 2n=72/NF=114, outro com 2n=76/NF=148 e um com 2n=80/NF=108; P. nigrispinus com as formas 2n=90, 91/NF=108 devido à ocorrência de um polimorfismo intrapopulaconal; P. dasythrix, com 2n=72/NF=108 e P. sulinus, com 2n=92/NF=102. Assim, os nossos dados conjuntamente com os existentes na literatura para a família Echimyidae são índicos de que em Phyllomys o cariótipo é um marcador espécie-específico e que a identificação de que táxon está associado a cada cariótipo é uma tarefa a ser executada em estudos futuros.