Uso de marcadores moleculares na taxonomia de Dissomphalus (Hymenoptera, Bethylidae) e gêneros correlatos.

Nome: ARTURO BENINCA MARTINELLI
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 25/02/2013
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Celso Oliveira Azevedo Orientador
Valéria Fagundes Co-orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Celso Oliveira Azevedo Orientador
Eduardo Andrade Botelho de Almeida Examinador Externo
Leonora Pires Costa Examinador Interno

Resumo: Dissomphalus Ashmead 1893 (Hymenoptera, Bethylidae) é um gênero de Pristocerinae considerado cosmopolita. Dissomphalus pode ser diagnosticado a partir de caracteres de machos, sendo o principal caráter diagnóstico a presença de dois tubérculos pubescentes localizados no tergito II do metassomo, chamado de processo tergal. No entanto, foi sugerido que a característica da genitália masculina de Dissomphalus "edeago dividido em duas estruturas" seja considerada a principal delimitação do gênero em detrimento do processo tergal. Se por um lado a diagnose de Dissomphalus parece ser discutida bem, por outro há uma série de problemas a serem superados, como a obrigatoriedade de se acessar caracteres da genitália masculina para identificação acurada do gênero, a dificuldade de se realizar a associação macho-fêmea de Dissomphalus, e a existência de características apontadas como sinapomorfias do grupo na ausência de estudos filogenéticos. Atualmente, marcadores moleculares associados a dados morfológicos tem subsidiado a associação de espécimes machos e fêmeas de forma espécie-específica e a inferência de filogenias. Assim, o presente estudo se baseou na análise de três marcadores moleculares (COI, 28S e ITS2) para subsidiar avanços teóricos na taxonomia de Dissomphalus e gêneros correlatos como Trichiscus Benoit 1957 e Protisobrachium Benoit 1957. Primeiramente, comparou-se a utilização da enzima proteolítica Proteinase K em contraste com os métodos tradicionais de preparação da genitália o que permitiu a constatação de que é possível acessar a estrutura da genitália masculina concomitantemente a obtenção DNA adequado para estudos moleculares. Foi possível associar de forma espécie-específica a única espécime fêmea de Dissomphalus coletada na Tailândia com a espécie D. verus Mugrabi & Azevedo descrita recentemente, destacando-se as limitações do método molecular de associação. Além disso, foi demonstrado que Dissomphalus, Trichiscus e Protisobrachium, gêneros que apresentam a característica "edeago dividido em duas estruturas", compartilham um ancestral comum único e exclusivo. A partir dessa constatação, foi discutido se esses três gêneros correlatos, seriam sinônimos juniores de Dissomphalus. Assim verificou-se que seria mais prudente a manutenção dos gênerosTrichiscus, Dissomphalus e Protisobrachium e o abandono da definição de Dissomphalus como o gênero que apresenta o "edeago dividido em duas estruturas" até que seja elucidada se o processo tergal surgiu uma única vez a partir de evidenciação da série de transformação dessa característica.

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