Avaliação da resposta de espécies costeiras de crustáceos à urgência climática causada pelas mudanças climáticas no litoral norte do Espírito Santo

Resumo: Diante dos inúmeros desastres ambientais, ocasionados pela ação antrópica nos diversos ecossistemas, se faz necessária abordagem ecofisiológica dos efeitos sobre a biodiversidade para avaliar a extensão e o grau dos respectivos impactos. O litoral capixaba possui uma grande extensão, cerca de 400 Km, com distintos ambientes (mangues, estuários, praias arenosas expostas e abrigadas, e costões rochosos), recorrentemente impactados por diversas atividades antrópicas, inclusive por desastres ambientais recentes, o que compromete a qualidade ambiental e ocasiona reflexos consideráveis na biota destes ambientes. As emissões de gases de efeito estufa estão aumentando a temperatura dos oceanos e a pressão parcial de CO2 (pCO2), resultando em águas mais ácidas e aumento do nível do mar nas áreas costeiras. Prevê-se que a temperatura média global aumente de 2 a 5°C até o final deste século devido à mudança climática antropogênica, de acordo com cenários do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, 2021). Além das mudanças nas temperaturas médias e na acidificação dos oceanos, é esperado que eventos extremos como ondas de calor marinhas aumentem em frequência e duração, bem como suas áreas afetadas, o que pode causar impactos ecológicos graves e possivelmente irreversíveis. Neste contexto, siris e caranguejos, crustáceos típicos dos ambientes costeiros, têm respondido negativamente à degradação ambiental, sendo observado declínio populacional e/ou alterações no padrão tanto de tamanho quanto de distribuição nos seus respectivos habitats. Entretanto, considerando sua importância ecológica nos diversos ecossistemas, sobretudo nos ambientes costeiros, estudos descrevendo os efeitos das mudanças climáticas e da contaminação por metais sobre representantes do grupo dos crustáceos são escassos. Por isso, é importante avaliar a vulnerabilidade dos organismos a esses impactos antrópicos, com base nas respostas ecofisiológicas de múltiplos táxons.

Data de início: 24/06/2024
Prazo (meses): 48

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Coordenador ROGÉRIO OLIVEIRA FALEIROS
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